Perfil de consumo da classe C foi debatido em bate-papo com a editora-chefe da Revista Minha Casa, Cristiane Teixeira
Há muito que se descobrir sobre esse brasileiro que, em poucos anos, deixou para trás o papel de coadjuvante e assumiu a roda que move a economia do país: a classe C. As fabricantes de móveis vêm mostrando nessa Movelsul Brasil 2012 o seu esforço de pesquisa e investimento em tecnologias para a produção de linhas funcionais e esteticamente atrativas a preço justo. Um bate-papo realizado na última quarta-feira, dia 28, apontou que também os projetistas, arquitetos e designers têm interesse em se comunicar com a chamada nova classe média brasileira.
A editora-chefe da Revista Minha Casa, Cristiane Teixeira, apresentou o projeto editorial da publicação, voltada exatamente para a família que pode – e quer – conhecer as novidades em móveis e decoração, mas ainda possui restrições orçamentárias. Para a jornalista, as pessoas não querem mais móveis de herança, mas nem sempre poderão comprar o pacote pronto. “Muitas vezes, essa família vai combinar móveis comprados com o que já tem. Isso pode perfeitamente ser feito. A casa não é para ser exibida, é para ser vivida”, frisa.
O diretor do Salão Design Movelsul Brasil 2012, Alexandre Lazzarotto, destacou que fazer design atualmente não é mais criar produtos top, mas estar conectado à realidade e que, para isso, o profissional precisa entrar nas casas das pessoas. A arquiteta Adriane Bedin, da ArqMAD, escritório responsável pelo projeto da Casa do Consumidor do Novo Brasil, completa: “Temos que desenvolver produtos que possam se adequar ao consumidor sem a necessidade da assessoria de um profissional, pois essa ainda não é a realidade do brasileiro. Na maioria das vezes, ele compra na loja, leva para casa, monta sozinho e quer um produto que funcione”, finaliza.
A Movelsul Brasil 2012 se encerra na sexta-feira, dia 30. Para mais informações, acesse www.movelsul.com.br.
“A casa não é para ser exibida, é para ser vivida”
30/03/2012