A greve dos auditores da Receita Federal pode resultar em um aumento de preços no varejo. A afirmação é da Fecomercio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo) que acredita que, com a paralisação, há risco no abastecimento da indústria, o que pode limitar a oferta de produtos e fazer com que as poucas mercadorias tenham seus preços elevados.
No entanto, a entidade afirma que, por enquanto, é impossível dimensionar os prejuízos diretos ao varejo ou estimar eventuais problemas na oferta de itens.
“Sempre que o consumidor quer e pode consumir mais, que o empresário quer e pode produzir mais, eles esbarram em alguma forma de desmando ou inércia do setor público”, afirma o presidente da entidade, Abram Szajman.
Investimento
Ainda de acordo com a Fecomercio, a greve coloca em evidência a necessidade emergencial do Brasil investir em infra-estrutura e possuir planos de contingências. Para a entidade, essa é a única maneira de o Brasil alcançar as projeções de incremento de 25% a 30% no fluxo comercial (compra e venda) para este ano.
Para Szajman, no lugar de surgirem soluções concretas, por meio de investimentos, planos de redução e análise de riscos sistêmicos, sempre é apresentado algum paliativo. “Sempre surge uma medida de emergência que, certamente, custará caro ao consumidor, ao produtor e ao País”, afirma.
Entenda
No total, há cerca de 12 mil auditores da RF em greve em todo o Brasil, desde o último dia 18. Eles pretendem conseguir os mesmos vencimentos dos delegados da Polícia Federal (PF). A mobilização é nacional e por tempo indeterminado, já que as propostas feitas pelo Governo não foram aceitas pelos grevistas.
Hoje, um auditor fiscal da Receita Federal tem salário inicial de R$ 10.155, que pode chegar a R$ 13.382 no final da carreira.
Fonte: InfoMoney