O anúncio por parte do governo argentino de retorno da licença não automática de importação sobre os móveis, bem como o encurtamento de 180 para 90 dias do prazo de validade e a demora na aprovação dessas permissões, gerou surpresa ao setor. O Sindmóveis, como representante do principal polo moveleiro do país e tendo a Argentina como um dos principais destinos de exportações, apoia a manifestação da Movergs contrária à mudança.
A informação divulgada pela nação vizinha provocou movimentos em várias frentes por parte da Movergs, com apoio do Sindmóveis: foram encaminhados ofícios tanto ao embaixador argentino, Daniel Scioli, no sentido de propor que a medida seja reconsiderada. Ao mesmo tempo, por meio da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel), serão solicitadas providências junto à frente parlamentar do setor moveleiro e ao ministro da Economia, Paulo Guedes.
Brasil, a Argentina, o Paraguai e o Uruguai são membros fundadores do Mercosul e signatários do Tratado de Assunção de 1991 e entre os objetivos estão a livre circulação interna de bens, serviços e fatores produtivos, visando a cooperação e desenvolvimento econômico da região. “Mantemos laços culturais e econômicos muito anteriores à criação do Mercosul, compartilhando aproximadamente 1.200 quilômetros de fronteiras. Dessa forma, é fundamental buscarmos alternativas que ampliem a cooperação entre os países de forma a fortalecer os importantes vínculos comerciais, especialmente diante de um cenário de pandemia, o que tem gerado permanentes incertezas para os negócios”, aponta o presidente da Movergs, Rogério Francio.