Nesta segunda-feira, as indústrias do polo moveleiro de Bento Gonçalves retomaram atividades, mas nem todas as condições plenas de produção. A maioria delas está voltando a atuar depois de um feriadão esticado com compensação de banco de horas. Outras chegaram a dar férias para os funcionários em função da greve dos caminhoneiros.
A partir dessa semana, as empresas regressam às atividades, mas algumas ainda aguardando a chegada de insumos. Gás, tintas, embalagens e acessórios foram os principais itens que faltaram ao setor nessa semana de greve. Conforme o vice-presidente do Sindmóveis, Vinícius Benini, será preciso pelo menos duas semanas para normalizar os estoques e entregas. Existem casos de empresas calculando em até um mês o período de retomada – isso se for possível faturar para junho os pedidos que não puderam ser produzidos no mês de maio.
Em relação aos prejuízos, o vice-presidente da entidade entende que as perdas dificilmente serão compensadas em algum momento. “Temos duas situações distintas aqui: primeiramente, a produção diária das empresas não pôde ser mantida pela falta de insumos. Além disso, tivemos muitos embarques nacionais e internacionais retidos nas estradas. Existem empresas calculando perdas de até 25% no faturamento de maio, mas só teremos números concretos nos próximos meses”, avalia Vinícius Benini.