Cervical Wearable, Jornada Segura e Óculos 4.0. Esses são os nomes das três ideias premiadas nesta sexta-feira, 18, noGrand Prix Senai de Inovação da Movelsul Brasil, principal feira de móveis e complementos da América Latina. Durante 40 horas, três escuderias multidisciplinares foram desafiadas a criar soluções para a cadeia produtiva moveleira, desenvolvendo projetos com foco em energia, água, resíduos e segurança do trabalho. A ideia era propor uma rede de inovação tecnológica para receber, selecionar e criar ideias, conceitos e protótipos.
O projeto, que acontece pela segunda vez no Estado, segue um modelo de showroom sueco. Num primeiro momento, as equipes formadas por sete integrantes chegaram a 139 propostas para a indústria. Cada escuderia selecionou, então, as dez ideias mais inovadoras e aderentes aos quatro temas desta edição. Em seguida, a organização do Grand Prix elegeu os cinco projetos de maior destaque nos grupos. Coerência entre a descrição da proposta e a execução do plano de trabalho foi o critério levado em conta na hora da escolha.
As ideias foram apresentadas nesta sexta-feira ao júri, formado por representantes de empresas expositoras, entidades e pessoas da sociedade. Logo em seguida, foram avaliadas pelo corpo de jurados, que premiou em 1º lugar a Cervical Wearable, fita com sensores para a coluna cervical, responsável por diagnosticar a ergonomia durante as atividades; em 2º, a Jornada Segura, sistema de ponto eletrônico que verifica a identidade da pessoa, autorizando a entrada na empresa e liberando o acesso a espaços restritos; e, em 3º, o Óculos 4.0, acessório que permite o controle de uso em áreas obrigatórias. “Quando há sintonia no processo, os resultados são extraordinários. Com o atual cenário do Brasil, a inovação tem papel fundamental no diferencial dos produtos e na competitividade do mercado”, destaca o jurado e presidente da Movelsul Brasil 2016, Henrique Tecchio. Além de premiar as três melhores ideias, as escuderias foram homenageadas com medalhas, conforme a pontuação de cada uma.
Por atenderem a todos os quesitos necessários, os projetos ganhadores foram classificados no Edital de Inovação, disponível emplataforma.gpinovacao.senai.br. Com isso, podem ser viabilizados a qualquer momento por empresas do setor. “Nosso objetivo é apoiar a indústria, incentivando a inteligência e possibilitando a execução de ideias brasileiras”, complementa Renato Bernardi, do Instituto Senai de Tecnologia Madeira e Mobiliário. O processo segue a metodologia DIP (Desenvolvimento Integrado de Produto), resultado de uma parceria entre o Senai, o Consorzio Politecnico Di Milano (Poli.Design, Itália) e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), com apoio do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, Estados Unidos).
Saiba mais sobre os projetos vencedores:
1º lugar: Cervical Wearable
Fita com sensores, que serve para ser usada na linha da coluna cervical. Os sensores enviam, constantemente, sinais para um aplicativo que controla, monitora e elabora o diagnóstico da ergonomia da pessoa durante suas atividades. Por exemplo: postura no trabalho, durante o sono, quando está sentada, dirigindo, carregando objetos, etc. Os resultados são transformados em relatórios de postura, além de emitir alertas e mensagens para o usuário, quando detectado algum risco. A fita com sensores serve para atender a área de segurança do trabalho e medicina do trabalho.
2º lugar: Jornada Segura
O sistema de ponto eletrônico verifica a identidade da pessoa, autorizando a entrada na empresa e liberando o acesso às máquinas/espaços restritos. Através dos sinais vitais, será feita a medição da sua condição de saúde. Desta forma, a enfermaria pode intervir na jornada de trabalho, caso necessário.
3º lugar: Óculos 4.0
O sistema consiste em auxiliar no controle do uso de óculos de proteção em áreas de utilização obrigatória. Sensores são instalados no local onde é necessário ser efetuado o controle, interagindo com o acessório. Os óculos 4.0 contam com tecnologia oculográfica, que mede o pulso elétrico do movimento dos olhos. Cada trabalhador terá o seu especifico, que será numerado. Em máquinas onde o uso é obrigatório, o sensor somente permitirá acionar o equipamento com o uso comprovado do acessório. O software que irá gerir o sistema informará em tempo real aos supervisores as condições de uso dos equipamentos, permitindo a rápida intervenção.